Nova Diretriz Reforça Diagnóstico e Tratamento do Autismo no Brasil

(Atualização da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil traz avanços para o cuidado do Transtorno do Espectro Autista (TEA))

AUTISMOSAÚDE

10/27/20253 min read

inclusão de pessoas com autismo
inclusão de pessoas com autismo

No Brasil, a comunidade de saúde deu um passo largo em direção à padronização e à qualidade no cuidado de pessoas com autismo. A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) lançou uma nova diretriz que, com base nas pesquisas mais recentes, atualiza como deve ser feito o diagnóstico precoce e o tratamento do autismo no país.

Diagnóstico mais ágil, baseado em sinais clínicos

A diretriz deixa claro: não existe exame de sangue ou imagem que “comprove” o autismo. O diagnóstico é clínico ou seja, baseado na observação do desenvolvimento da criança. Terra
Por isso, o documento recomenda que o rastreamento de sinais de TEA comece já em torno dos 14 meses de idade, utilizando ferramentas como o questionário M-CHAT. Terra
E por que isso importa? Porque quanto mais cedo for identificada alguma indicação de TEA, maior a chance de intervenção eficaz e isso transforma vidas.

diagnótico precoce autismo no brasil e terapias baseadas em evidências para TEA
diagnótico precoce autismo no brasil e terapias baseadas em evidências para TEA
A influência das telas no desenvolvimento
omassoni, tecnologias e telas em crianças e autismo no brasil
omassoni, tecnologias e telas em crianças e autismo no brasil

Outro ponto que chama atenção: o uso excessivo de telas em crianças pequenas pode gerar um quadro que imita o autismo atraso de fala, isolamento social, pouco contato visual. Mas atenção: isso não significa que telas causem autismo. O que ocorre é que elas reduzem estímulos sociais e cognitivos importantes. Terra
No mundo gamer, isso é um lembrete forte: o equilíbrio importa. Para vocês que acompanham a “Além de Gamer”, esse tipo de alerta pode servir de reflexão para uso saudável de tecnologia.

Terapias com respaldo x práticas sem comprovação

A nova diretriz afirma que, no momento, não há cura para o autismo e nenhum medicamento que trate os sintomas centrais do TEA com eficácia comprovada. O tratamento deve focar em terapias baseadas em evidências, como:

  • Análise do Comportamento Aplicada (ABA)

  • Terapia Cognitivo‑Comportamental (TCC)

  • Treino de habilidades sociais Terra

Por outro lado, práticas como dietas restritivas (sem glúten ou caseína), suplementos milagrosos, terapias com células-tronco, ozonioterapia, uso de canabidiol (CBD) e psicanálise voltada exclusivamente para TEA não têm respaldo científico e não devem substituir tratamentos estabelecidos. Terra

Abordagem multidisciplinar e contexto social
médico, psicológo, fonaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogia
médico, psicológo, fonaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogia

A diretriz reforça a necessidade de olhar o individuo com autismo de forma integral: médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, todos juntos. Terra
Além disso, reconhece que condições de vulnerabilidade social e uso excessivo de telas podem “mascarar” sinais de TEA ou gerar diagnósticos errados. Por isso, o cuidado deve considerar o ambiente, a rotina, o acesso a estímulos adequados.

Por que essa diretriz é um marco?

São 33 páginas que representam um marco para o cuidado de pessoas com autismo no Brasil: padronizam condutas clínicas, reforçam ética, visibilidade e direitos. Terra
Para famílias, representa esperança real. Para profissionais, um guia atualizado. E para a sociedade gamer e digital como você, meu mano abre caminho para um reconhecimento mais justo e informado das necessidades de pessoas neurodivergentes, fomentando inclusão de fato.

Esta matéria foi produzida com apoio técnico da Psicopedagoga Bárbara Caetano, aplicadora ABA, para garantir precisão e qualidade científica nas informações apresentadas.

Revisão técnica
Livro: Comunicação Autista: Escrito por quem sente na pele.
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