Nova Diretriz Reforça Diagnóstico e Tratamento do Autismo no Brasil
(Atualização da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil traz avanços para o cuidado do Transtorno do Espectro Autista (TEA))
AUTISMOSAÚDE


No Brasil, a comunidade de saúde deu um passo largo em direção à padronização e à qualidade no cuidado de pessoas com autismo. A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) lançou uma nova diretriz que, com base nas pesquisas mais recentes, atualiza como deve ser feito o diagnóstico precoce e o tratamento do autismo no país.
Diagnóstico mais ágil, baseado em sinais clínicos
A diretriz deixa claro: não existe exame de sangue ou imagem que “comprove” o autismo. O diagnóstico é clínico ou seja, baseado na observação do desenvolvimento da criança. Terra
Por isso, o documento recomenda que o rastreamento de sinais de TEA comece já em torno dos 14 meses de idade, utilizando ferramentas como o questionário M-CHAT. Terra
E por que isso importa? Porque quanto mais cedo for identificada alguma indicação de TEA, maior a chance de intervenção eficaz e isso transforma vidas.


A influência das telas no desenvolvimento


Outro ponto que chama atenção: o uso excessivo de telas em crianças pequenas pode gerar um quadro que imita o autismo atraso de fala, isolamento social, pouco contato visual. Mas atenção: isso não significa que telas causem autismo. O que ocorre é que elas reduzem estímulos sociais e cognitivos importantes. Terra
No mundo gamer, isso é um lembrete forte: o equilíbrio importa. Para vocês que acompanham a “Além de Gamer”, esse tipo de alerta pode servir de reflexão para uso saudável de tecnologia.
Terapias com respaldo x práticas sem comprovação
A nova diretriz afirma que, no momento, não há cura para o autismo e nenhum medicamento que trate os sintomas centrais do TEA com eficácia comprovada. O tratamento deve focar em terapias baseadas em evidências, como:
Análise do Comportamento Aplicada (ABA)
Terapia Cognitivo‑Comportamental (TCC)
Treino de habilidades sociais Terra
Por outro lado, práticas como dietas restritivas (sem glúten ou caseína), suplementos milagrosos, terapias com células-tronco, ozonioterapia, uso de canabidiol (CBD) e psicanálise voltada exclusivamente para TEA não têm respaldo científico e não devem substituir tratamentos estabelecidos. Terra
Abordagem multidisciplinar e contexto social


A diretriz reforça a necessidade de olhar o individuo com autismo de forma integral: médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, todos juntos. Terra
Além disso, reconhece que condições de vulnerabilidade social e uso excessivo de telas podem “mascarar” sinais de TEA ou gerar diagnósticos errados. Por isso, o cuidado deve considerar o ambiente, a rotina, o acesso a estímulos adequados.
Por que essa diretriz é um marco?
São 33 páginas que representam um marco para o cuidado de pessoas com autismo no Brasil: padronizam condutas clínicas, reforçam ética, visibilidade e direitos. Terra
Para famílias, representa esperança real. Para profissionais, um guia atualizado. E para a sociedade gamer e digital como você, meu mano abre caminho para um reconhecimento mais justo e informado das necessidades de pessoas neurodivergentes, fomentando inclusão de fato.
Esta matéria foi produzida com apoio técnico da Psicopedagoga Bárbara Caetano, aplicadora ABA, para garantir precisão e qualidade científica nas informações apresentadas.


